sexta-feira, 20 de abril de 2012

POESIA DA MATEMÁTICA


Millôr Fernandes, autor da linda Poesia da Matemática

Às folhas tantas 
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia 
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide, 
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida 
paralela à dela
até que se encontraram 
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação 
traçando 
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas. 
E enfim resolveram se casar
constituir um lar, 
mais que um lar, 
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade 
integral e diferencial. 
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes 
até aquele dia 
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu 
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos. 
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade. 
Era o triângulo, 
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração, 
a mais ordinária. 
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser 
moralidade
como aliás em qualquer 
sociedade. 

Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.

sexta-feira, 30 de março de 2012

quarta-feira, 14 de março de 2012

Atividades recebidas até 13/03/2012

planilha de notasx
Alunos,

até agora está assim.

Por gentileza, verifiquem o e-mail da turma e os comentários em seus blogs.

Visite o blog dos colegas. Todos os endereços estão no arquivo acima.

Até

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas.” (Sêneca)


sexta-feira, 2 de março de 2012

Avaliação da qualidade de softwares educacionais para o ensino de álgebra

Prezados alunos,

faremos a leitura da fundamentação teórica e a tarefa será:

Montar uma apresentação de slides (Power Point) de 6 a 10 slides resumindo as principais características de softwares educacionais e postá-la em seu blog (pergunte-me como) ou enviar-me por e-mail.

Prazo: 08/03, para já discutirmos na aula do dia 09/03.

O que é um software educacional???

O que é Software Educacional?

Eduardo Chaves

O principal problema em relação à questão do software educacional é que ninguém parece ser capaz de defini-lo com precisão e clareza. Uma linguagem de programação pode ser um software educacional? Dificilmente o Cobol seria assim considerado,, mas o Logo, o Pilot,, talvez o Prolog, quem sabe o Pascal? Uma jogo pode ser considerado um software educacional? E se for um jogo pedagógico? Mas quando é que um jogo deixa de ser só jogo e passa a ser pedagógico? O que se convencionou chamar de linguagem de autor é um software educacional? Qual seria a diferença entre software educacional e o que se chama de courseware, entre o que os franceses chamam de logiciel e ditacticiel? O que dizer quando os expert systems prometidos para a área de educação começarem a aparecer: serão eles software educacionais também, comparáveis aos programinhas de instrução programada que ensinam as crianças a contar e a decorar os nomes das capitais do mundo? E programas que permitem a construção e a manipulação de estatísticas educacionais para uso por supervisores e orientadores pedagógicos? E aqueles voltados para a administração do ensino e da escola?

A dificuldade em responder com precisão a essas perguntas decorre da falta de clareza sobre o que realmente é software educacional. Quais são os critérios para que um determinado software seja considerado educacional? Que ele tenha sido feito sob a ótica da educação para desenvolver algum objetivo educacional? (Neste caso o Logo seria considerado um software educacional, mas processadores de texto e a maioria dos jogos provavelmente não). Que ele seja usado para algum objetivo educacional ou pedagogicamente defensável, qualquer que seja a finalidade com que tenha sido criado? (Quase qualquer software pode, em princípio, ser, educacional, até o Cobol, para dar um exemplo bastante fora do padrão).

A questão é: o que é um objetivo educacional ou pedagogicamente defensável? Transmitir informações? Desenvolver a auto-aprendizagem? A questão novamente ameaça se diluir nos meandros da filosofia da educação e da teoria pedagógica. Promover a recreação pela recreação, como fim em si e não como meio de atingir alguma finalidade supostamente mais nobre, seria um objetivo educacional perfeitamente defensável. Será que poderíamos defender uma tese em que os jogos,, mesmo os não considerados pedagógicos, são software educacional?

Note-se que o problema é semelhante ao que encontramos em outras áreas. Quando um livro é educacional? Quando é educacional um programa de televisão? Tenho para mim que os piores livros são os livros escritos especificamente para uso na educação, os malditos livros-textos. Como professor de filosofia, sempre preferi recomendar a leitura dos próprios filósofos aos livros-textos, geralmente muito mais pobres, tanto no conteúdo como na forma. Na televisão também os chamados programas educacionais são, a meu ver, piores que aqueles não desenvolvidos com intuito educacional. Daí o pequeno índice de audiência das televisões educativas. Os livros não considerados educacionais têm impacto educacional muito maior do que aqueles escritos deliberadamente para uso em educação e em sala de aula. A televisão comercial tem um impacto sobre a educação do nosso povo muito maior do que a televisão voltada para a educação.

Receio que a ênfase que vem sendo dada ao software educacional e o envolvimento cada vez maior dos gigantes da área do livro didático na produção e comercialização do software educacional venha a fazer com que estes apareçam em grande quantidade, mas em qualidade comparável à dos livros-texto de hoje, senão pior.

Sugiro que, pelo menos temporariamente, se considere software educacional aquele que puder ser usado para algum objetivo educacional ou pedagogicamente defensável, qualquer que seja a natureza ou finalidade para a qual tenha sido criado. Além disso, que nos preocupemos em ver como é que os programas comerciais que já existem em grande quantidade ( processadores de textos, gerenciadores de banco de dados, planilhas eletrônicas,, geradores gráficos etc.) podem ser usados para ajudar a atingir mais fácil e eficientemente os objetivos educacionais a que nos propomos. Vamos usar pedagogicamente o que já temos em quantidade e qualidade suficiente antes de embarcar em projetos que poderão apenas produzir grande volume de software com qualidade semelhante à dos livros didáticos de hoje.

Proponho, portanto, que nos voltemos para a utilização dos software de que já dispomos como ferramenta indispensável para atingir os objetivos educacionais, concebendo-os de maneira muito ampla, que extrapole os limites da sala de aula e da escola. Não me parece possível no momento conceituar software educacional exclusivamente em termos do que tradicionalmente se tem convencionado denominar tecnologia educacional, ou pior ainda, tecnologia instrucional. O software educacional deve ser conceituado em referência à sua função, e não à sua natureza.

Se vamos realmente responder afirmativamente à questão sobre a introdução do computador na educação brasileira, sugiro que se coloquem computadores e software aplicativos à disposição dos professores e dos alunos de nossas escolas e que lhes sejam dadas condições (em termos de tempo, treinamento, material de apoio) para que descubram como eles podem lhes ser úteis.


© Copyright by Eduardo Chaves in
http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/EDTECH/softedu.htm

Last revised: 02 May 2004

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

TRABALHOS INFORMÁTICA

Caros alunos,

gostaria que observassem a planilha a seguir, na qual constam as atividades recebidas.

Lembrem que temos até quarta-feira para enviar o texto de uma lauda como atividade.

Até mais!!!


Trabalhos de Informática Aplicada à Educação Matemática

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O que faremos com toda essa tecnologia???

Queridos alunos e alunas, quero ver o comentário de cada um de vocês acerca desse vídeo, e vamos tomá-lo como um motivador para a nossa discussão: de que serve toda essa tecnologia se não sabemos como usá-la? Tarefa: pesquisar na internet artigos que tratem do assunto e compartilhá-lo em seu blog. Mãos à obra!!!

Janaina... Eu amo a Matemática: “Os números são o princípio, a fonte e a raizde to...

Janaina... Eu amo a Matemática: “Os números são o princípio, a fonte e a raizde to...: “Os números são o princípio, a fonte e a raiz de todas as coisas” Frase proferida por Pitágoras